Além de sua beleza exótica, as Iguanas são dóceis e pacíficas, podendo serem criadas como animais de estimação por ser um dos animais liberados pela Portaria 93/1998 do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) - Baixar Portaria-IBAMA-93-1998.
Neste artigo, vamos te contar tudo o que você precisa saber sobre esse réptil fascinante, quais cuidados e como ter ele como pet.
Características da Iguana verde
A Iguana verde é uma espécie de réptil da família Iguanidae, que ocorre na América Central, Caribe e América do Sul, abrangendo grande parte do Brasil. Ela se destaca por sua coloração verde intensa nos indivíduos jovens, que tende a escurecer com a idade, chegando a um tom marrom. Ela também possui uma crista que vai da nuca até a ponta da cauda, maior nos machos do que nas fêmeas. Sua pele é coberta por escamas grandes e espessas, e sua garganta possui um saco dilatável que serve para regular a temperatura corporal e para comunicar-se com outros indivíduos. Suas patas têm cinco dedos com garras pontudas, que ajudam na locomoção pelas árvores. Sua cauda é longa e forte, podendo ser usada como arma de defesa contra predadores.
A Iguana verde tem uma expectativa de vida entre 12 e 15 anos em cativeiro. Seu tamanho pode variar entre 1,2 e 1,8 metro de comprimento total, sendo dois terços correspondentes à cauda. Seu peso pode ir de quatro a nove quilos, sendo os machos maiores do que as fêmeas.
As Iguanas verdes são animais ectotérmicos, ou seja, dependem do calor externo para regular sua temperatura interna. Por isso, elas gostam de tomar sol durante o dia para se aquecerem e fazerem a digestão dos alimentos. Elas também são capazes de mudar de cor conforme a temperatura ambiente e o seu estado emocional.
As Iguanas verdes são animais sociais e territoriais. Elas se comunicam entre si por meio de sinais visuais, secreções químicas e embates físicos. Os machos costumam disputar territórios e fêmeas durante a época de reprodução. As fêmeas costumam ser mais tolerantes entre si e formar grupos hierárquicos.
Alimentação da Iguana verde
A Iguana verde é um animal herbívoro, que se alimenta principalmente de folhas verdes e frutas maduras. Ela também pode consumir ocasionalmente ovos, insetos e pequenos vertebrados, mas isso não é essencial para sua dieta.
A alimentação da Iguana verde deve ser variada e balanceada, contendo diferentes tipos de vegetais ricos em cálcio, fósforo e vitaminas. Alguns exemplos são: alface, couve, rúcula, agrião, espinafre, brócolis, cenoura, abóbora, abobrinha, beterraba, maçã, banana, mamão, manga e melão. É importante evitar alimentos que contenham oxalatos, como espinafre e acelga, pois eles podem prejudicar a absorção de cálcio. Também é preciso evitar alimentos que contenham ácido úrico, como carne, queijo e ovos, pois eles podem causar problemas renais.
A iguana verde deve ter acesso a água fresca e limpa todos os dias, preferencialmente em um recipiente grande o suficiente para que ela possa entrar e se banhar. Ela também pode beber água das folhas e da umidade do ar.
Reprodução da Iguana verde
A Iguana atinge a maturidade sexual entre dois e três anos de idade. A época de reprodução ocorre entre novembro e janeiro, quando os machos ficam mais agressivos e disputam as fêmeas. O acasalamento acontece após uma corte ritualizada, em que o macho balança a cabeça e lambe a fêmea. A cópula dura cerca de 15 minutos.
Após o acasalamento, a fêmea entra em um período de gestação de dois meses. Ela então procura um local adequado para fazer sua postura, que pode conter entre 20 e 70 ovos. Ela cava um buraco no solo ou na areia, onde deposita os ovos e os cobre com terra. Ela não cuida dos ovos nem dos filhotes.
Os ovos levam entre 10 e 15 semanas para eclodir, dependendo da temperatura ambiente. Os filhotes nascem com cerca de 25 centímetros de comprimento e pesam cerca de 30 gramas. Eles são independentes desde o nascimento e se alimentam de insetos e folhas.
Saúde da Iguana verde
A iguana é um animal que pode viver bem em cativeiro, desde que tenha uma alimentação adequada, uma iluminação artificial que forneça raios UVB, uma temperatura e uma umidade controladas, e um espaço amplo e seguro para se exercitar. No entanto, ela também pode sofrer de algumas doenças e problemas de saúde se não receber os cuidados necessários.
Algumas das doenças mais comuns que podem afetar a Iguana são:
- Metabolismo ósseo inadequado: é causado pela falta de cálcio ou vitamina D3 na dieta ou pela falta de exposição à luz UVB. Isso pode levar a deformidades ósseas, fraturas, convulsões e até morte.
- Hipotermia: é causada pela exposição a temperaturas muito baixas ou pela falta de uma fonte de calor no terrário. Isso pode levar à letargia, perda de apetite, infecções respiratórias e até morte.
- Queimaduras: são causadas pelo contato direto com fontes de calor muito quentes, como lâmpadas ou pedras aquecidas. Isso pode levar a feridas, infecções e até necrose.
- Desidratação: é causada pela falta de água fresca e limpa no terrário ou pela baixa umidade do ar. Isso pode levar à perda de peso, pele seca, olhos fundos e até insuficiência renal.
- Parasitas: são causados pela ingestão de alimentos contaminados ou pelo contato com outros animais infectados. Isso pode levar à perda de peso, diarreia, vômito, anemia e até morte.
- Infecções bacterianas ou fúngicas: são causadas por feridas abertas, má higiene do terrário ou baixa imunidade. Isso pode levar à inflamação, secreção, abscessos e até septicemia.
- Estresse: é causado por mudanças bruscas no ambiente, manuseio excessivo ou inadequado, convivência com outros animais ou falta de esconderijos no terrário. Isso pode levar à perda de apetite, agressividade, depressão e baixa imunidade.
Para prevenir essas doenças e problemas de saúde, é importante seguir as recomendações sobre alimentação, iluminação, temperatura, umidade, espaço e higiene da iguana verde. Também é importante observar o comportamento e a aparência do animal diariamente, para detectar qualquer sinal de anormalidade. Em caso de dúvida ou suspeita de doença, é recomendável consultar um veterinário especializado em répteis.